Em 1837, Samuel B. Morse inventou o telégrafo, um sistema
capaz de transmitir sinais elétricos à distância que, devidamente interpretados de
acordo com um código inventado por ele, o Código Morse, permitiam a transmissão de uma
mensagem entre dois pontos distantes. Essa descoberta revolucionou o mundo e se constituiu
na base das telecomunicações. Quando parecia que o telégrafo-com-fio seria a solução
para todos os problemas das telecomunicações, surgiram os resultados das experiências
de Heinrich Hertz, que demonstrou em 1888 a propagação das ondas eletromagnéticas no
espaço. Ele conseguiu pôr em prática aquilo que James Clark Maxwell já havia escrito
na sua "Teoria Eletromagnética".
As ondas que se propagam no espaço passaram a ser chamadas de ONDAS
HERTZIANAS.
Para tentar fazer justiça a um brasileiro de Porto Alegre, Padre Roberto
Landell de Moura, que antes das experiências realizadas por Marconi perto de Bolonha em
1895, já fazia espantosas experiências bem sucedidas de transmissão e recepção da
voz, sem fio, a uma distância de cerca de 8 quilômetros. E onde se faziam essas
experiências? Na avenida Paulista, em São Paulo, de onde o Padre Landell conseguiu
contactar o alto de Santana, nos anos de 1893 e 1894.
A questão do registro da patente, no entanto, é que mudou o rumo da
história oficial, legando glória a Marconi e esquecimento ao Padre Landell de Moura.
Informe-se a esse respeito e você também passará a sentir orgulho desse genial
brasileiro.
Torna-se claro que o Padre Landell é o verdadeiro pioneiro da
radiodifusão mundial, sendo que no dia 30 de junho de 2000 marcam-se os 72 anos de morte
deste cientista e inventor brasileiro.
Até hoje muita gente se surpreende com a facilidade de comunicação do
Radioamadorismo, que além de proporcionar lazer e alegria aos seus usuários, ainda
presta serviços de emergência para o bem da comunidade.
Os Radioamadores são pessoas que utilizam várias faixas de
radioemissão, ou ondas hertzianas, autorizadas especialmente para esse serviço. No
Brasil, eles são reconhecidos pelo Ministério das Comunicações e, no Estado de Minas
Gerais, através da Delegacia Regional do MC-MG.
Para se tornar Radioamador, é necessário que se realize algumas provas,
ou avaliações específicas. Em um próximo artigo explanarei sobre as mesmas.
Muito mais que um simples rádio, você terá em sua casa um bom amigo que
é, na verdade, UMA PORTA QUE SE ABRE PARA O MUNDO!
Ao ligá-lo, você terá a sensação de que não estará mais só em sua
casa ou em seu carro, mas sim, em companhia de milhares de pessoas, cidadãos do planeta
Terra, que estão fazendo do "ar" uma verdadeira sala de visitas, onde cada um
vai chegando e tomando o seu lugar. Eles podem estar perto ou muito, muito longe. Mas
existe uma vantagem: Você pode falar com eles! Não é extraordinário?
Você não se limita a ficar apenas ouvindo como no rádio comum. Você
pode e deve PARTICIPAR.
Chame e faça amigos..
Troque mensagens, postais, selos, jornais, revistas, livros, adesivos,
flâmulas, fitas cassetes, fitas de vídeo, enfim o que você quiser.
Aprenda a falar outras línguas. Treine seu Inglês com seus amigos da
Inglaterra ou dos Estados Unidos. Troque informações sobre eletrônica, computação,
informática, pesca, artes, receitas, etc. Faça, enfim, uma das coisas mais gostosas do
mundo: BATER PAPO, sem sair de sua casa. Sem gastar nada.
Com o tempo, você irá acabar aprendendo muitas coisas sobre diversos
assuntos. Irá falar com seus irmãos de outros estados e até de outros países. A
Radiocomunicação não tem limites e sua utilização fica unicamente por conta de sua
imaginação, criatividade e inteligência.
Bibliografia:
Revista QSL nº 1, MID produções - 1999
Revista QSL nº 2, MID produções - 1999
Coletânea do Radioamador TOMO I, 3ª edição 1981