RADIOAMADORISMO & FAIXA DO CIDADÃO

ARTIGO 03 - Publicado no "Gazeta do Oeste" Nº 178

Alexandre Dezem Bertozzi
PU2SDW - PX4B4957
datatel@netfor.com.br

Radioamadorismo: Hobby ou Ciência?

Parte 3

Como havia comentado em meu artigo anterior, o Radioamadorismo é um Hobby. Mais do que isso, podemos dizer que é uma paixão, onde para executar esse Hobby/paixão são utilizadas determinadas freqüências de rádio (ondas hertzianas) e um dos principais objetivos é a evolução técnica das comunicações, estudo de propagação, dentre outros muitos.

Para isso, as pessoas são devidamente habilitadas e as freqüências são organizadas mundialmente pela U.I.T. (União Internacional de Telecomunicações), em Genebra, não sendo permitido que a faixa seja utilizada para fins comerciais ou que seu fim seja desviado para qualquer outra atividade.

O Radioamadorismo, no mundo, é responsável pela propulsão de várias tecnologias e serviços que hoje são muito comuns a todos nós, como por exemplo os sistemas de radiocomunicação empresarial, o telefone celular e até mesmo os fornos de microondas.

Por exemplo, os sistemas de telefonia celular, partem do mesmo princípio das estações repetidoras que são utilizadas pelos radioamadores. Este sistema trabalha em duas freqüências diferentes, uma para recepção e outra para transmissão, só que as estações que fazem esta função nas faixas de radioamador utilizam uma freqüência por vez e as para telefonia celular utilizam as duas ao mesmo tempo, uma para quem fala e outra para quem escuta. Obviamente que hoje as famosas ERBs (Estação Rádio Base) de telefonia celular utilizam um sistema muito mais aprimorado do que o descrito acima.

Os radioamadores no Brasil são licenciados (autorizados) pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) que é o órgão ligado diretamente ao Ministério das Comunicações e à Presidência da República.

Os exames (provas/avaliações), têm diferente composição para cada classe. O índice de acerto nos exames para a Classe A são compostos de: radioeletricidade - 70%, ética e técnica operacional - 80%, legislação de telecomunicações - 80% e recepção auditiva e transmissão de sinais em Código Morse (telegrafia) - 180 caracteres, para a Classe B, o teste é composto da seguinte maneira: radioeletricidade - 50%, ética e técnica operacional - 70%, legislação - 70% e telegrafia - 87 caracteres, para a classe C, temos ética e técnica operacional - 70%, legislação de telecomunicações - 70%, telegrafia - 75 caracteres e finalmente a nova classe criada Classe D, temos os seguintes testes de avaliação, ética e técnica operacional - 50% e legislação de telecomunicações 50%.

Os testes terão caráter eliminatório e serão aplicados na seqüência e com a duração de tempo indicados abaixo:

a) Legislação de Telecomunicações - 20 questões, 60 minutos;

b) Conhecimentos Técnicos - 20 questões, 60 minutos;

c) Recepção auditiva de sinais em Código Morse: texto com 125 caracteres para as classes "C" e "B", 250 caracteres para a classe "A" - 5 minutos;

d) Transmissão de sinais em Código Morse: texto com 125 caracteres para as classes "C" e "B", 250 caracteres para a classe "A" - 5 minutos.

Até a próxima.

Bibliografia:

Revista QSL nº 1, MID produções - 1999

Revista QSL nº 2, MID produções - 1999

Coletânea do Radioamador TOMO I, 3ª edição - 1981

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